domingo, 13 de setembro de 2020

TROCANDO PERSPECTIVA: A ALIENAÇÃO DO JORNALISMO POLITICO E ECONÔMICO

 Troca de perspectiva porque historicamente o jornalismo de moda, filho ( bastardo) do jornalismo feminino é que era (e ainda é) tido como alienado.  Escrevi artigos, livros buscando mostrar a seriedade do jornalismo de moda, como expressão de uma cultura, de um momento histórico, politico e econômico. Abaixo, farei um breve resumo do que pensei  e ainda penso.

" (....) O jornalismo de moda não escapa da imagem forjada pelo brilho de plumas e paetês. Para os leigos, o profissional do setor viveria de desfile em desfile, cercado por manequins deslumbrantes e ganhando altos salários para desfrutar de um permanente glamour - Mera fantasia até inofensiva se não contribuísse para a desvalorização de um trabalho que, feito a sério, é dos mais sérios. (...) Moda é vista como uma especialização menor" Publicado na revista Desfile, Bloch Editores, em julho de 1987


" (....) A moda sofre uma discriminação grande (...) Até pelos demais jornalistas é visto como uma especialização menor, pouco digna de respeito. (...) Numa conversa com a jornalista Regina Guerreiro escutei um desabafo que resume toda má vontade em relação aos jornalistas de moda: 'As pessoas acreditam que para entender de moda basta ser mulher ou homossexual - o que em si enfatiza um preconceito contra a mulher e contra o homossexual." Publicado na Revista de Domingo, do Jornal do Brasil, em 12 de maio de 1987

" (...) A moda é tão discriminada que o jornalismo de moda é visto por seus colegas especializados em outras áreas (economia, saúde, educação, politica ou esporte) como um produto menor, pouco digno de respeito. Mas a desconsideração pela moda não vai diminuir sua importância na economia nacional. Título: "A moda é discriminada", jornal Folha de São Paulo, em 25 de maio de 1988.

"O Primeiro curso do Brasil: Ruth Joffily criou no Centro Cultural Candido Mendes o primeiro curso de jornalismo e produção de moda do país. (...) O curso - é o primeiro e único do Brasil - divide-se em 3 partes. O texto, onde se discute pautas. texto, reportagem e fechamento de matéria. Na parte de produção nós fazemos a seleção de roupas, escolha do fotógrafo, da modelo, cabeleireiro e maquiador, definição de local e a montagem das roupas. Numa terceira parte do curso nós fazemos um resumo sobre a história da moda.(...) O curso de verão será um resumo da historia da moda no Brasil e no exterior. Você vai conhecer os estilos através dos tempos, inclusive como nasceram as coleções Dior, Coco Chanel e Mary Quant, os japoneses, os grandes centros de moda e sua influência no Brasil. (...) " Jornal Mobile Cultural do Centro Cultural Candido Mendes, Ipanema, RJ.

" (....) O imortal escritor Machado de Assis já havia captado, no século XIX, a importância do vestuário, que é analisado com uma atualidade impressionante na seguinte passagem do romance  Brás Cuba: 'A natureza previu a vestidura humana, condição necessária ao desenvolvimento da nossa espécie. A nudez habitual, dada a multiplicidade das obras e dos cuidados do individuo tenderia a embotar os sentidos e a retardar os sexos, ao passo que o vestuário, negaceando a natureza, aguça e atrai as vontades." Jornal Última Moda, Universidade Veiga de Almeida, em "A importância do curso de moda", edição de julho de 2001.

" (....) A moda é uma porta aberta para a forma de ser, para o espírito de uma época. Também faz parte da trama da vida. Do momento em que nascemos até a nossa morte estamos permanentemente envolvidos em tecidos, naturais ou sintéticos. (...) Basta olhar uma foto amarelecida pelo tempo para captar pela maneira como as pessoas estão vestidas qual era, por exemplo, o estilo que determinava a feminilidade ou a masculinidade naquela época,  pois estes conceitos também são mutantes, e como ....." Em "A moda imita a vida" , publicado na Revista Claudia Moda, Editora Abril, em outubro de 1991. 

Um parenteses, o título "A moda imita a vida", criado por mim, em 1991, ao editar, a convite do imortal jornalista Fernando de Barros,  uma página com reflexões sobre o jornalismo de moda, na revista Claudia Moda (Editora Abril), foi posteriormente usado por André Carvalhal, que assim batizou um livro seu. Nada mais apropriado que um livro feito em violação a ética autoral tenha vendido tanto. 

Eu, como jornalista de moda, defendi e defendo que a moda necessita se adaptar às necessidades das consumidoras e não vice-versa. Talvez por isso eu não tenha ido muito longe. Refiro-me no feminino, às consumidoras, porque até hoje, estamos no século XXI, a moda continua sendo vista como fonte de alienação e como questão feminina, sendo atrelada às publicações dirigidas ao publico feminino, inclusive blogs, sites, nas redes sociais. 


A moda imita a vida (Nova edição): Como construir uma marca de moda por [André Carvalhal]




quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

SINDROME DE ESTOCOLMO; SINDROME DO CHEGOU






      Estava andando pelas calçadas da zona sul da cidade do Rio de Janeiro e observei: dezenas de transeuntes com camisetas com dizeres em inglês: "No pain, no gain", "Take me to Paris", "Love is all", "Pet, my love",etc. 

     São tantas palavras; são tantas frases escritas em inglês. Muitas palavras e frases não têm imaginação; caem no lugar comum. Há quem afirme que se trata de Sindrome de Estocolmo, assim definido como "nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia, até mesmo amor ou amizade perante seu agressor."* 

     A Cultura da moda nacional é pode-se dizer, inexistente. A classe média (média e baixa) veste o que dá; a classe média alta aprecia muito o que vem de fora. Tenho parentes que só usam roupa comprada nos EUA e  na Europa, inclusive calcinhas e cuecas. A roupa estadunidense e a européia, segundo quem as compra com regularidade,  é mais barata e de maior qualidade. 

Segundo ouvi de uma pessoa muito querida, "o brasileiro é um monte de mané: trepa em mim que estou gostando". E os fatos falam por si mesmo.  Conforme escrito na reportagem publicada no jornal O Globo, edição de 28 de janeiro:

"Com um orçamento de US$ 120 milhões (R$ 503 milhões , na cotação de ontem, dia 27 de janeiro), a Embratur elaborou um plano para divulgar o Brasil no exterior neste ano".  
O plano inclui aventuras de Mickey e Minnie pelo Brasil. 
Vide abaixo comentário da jornalista Ana Maria Ramalho, que copiei do facebook.  



"Cada uma que a gente fica sabendo !!!! Quero ver a Sharon Stone pagando calcinha nas praias do Nordeste num governo que tem a evangélica Damares com horror a tudo que lembre sexo. E o que dizer de Mickey em quadrinhos passeando com a Minnie pelo Brasil? Agora, nada supera o reality show q dará ao vencedor gringo uma residência no Brasil a sua escolha. Será tipo Minha casa, minha vida ou um apê na Vivendas da Barra, perto da praia? O espanto maior fica com o orçamento da Embratur: nesse país carente de saúde, educação e segurança, a estatal tem orçamento de 120 milhões de dólares pra queimar nesses delírios. Francamente !!!! #loucuradahora #desperdicio #dinheiropublico #chosedeloque #embratur #sharonstone 
Segundo reportagem publicada no jornal O Globo (edição de 28 de janeiro), "para a professora de patrimônio cultural e políticas públicas do curso de turismo e da pós-graduação de museologia da USP, Clarissa Gabliardi, o governo usa o plano para fazer propaganda política." 

E por que usar personagens infantis estrangeiros - Mickey e Minnie - e não brasileiros?  Atrelar o país à personagens da Disney consequência da Sindrome de Estocolmo ou de uma infantilização de nossa cultura? 

De acordo com o sociólogo, José de Souza Martins (em artigo em "Eu & Fim de Semana", jornal Valor, edição de 17 de janeiro). " (...)  Chegamos à pós-modernidade sem ter conhecido propriamente o moderno, a sociedade da igualdade e dos direitos sociais. Chegamos ao capitalismo de plástico, da poluição, do lixo das falsas abundâncias, das "fake news". Mas não chegamos à sociedade de idéias próprias. Hoje importamos ignorância, frases feitas, expressões de uma lingua que não é nossa e que não sabemos o que querem dizer."

Em 1985, no "Caderno B" do Jornal do Brasil, Jean Morisset, escritor e professor da Universidade de Québec, Montreal, Canadá, dizia em um artigo: "em praticamente todas as boutiques é impossível encontrar uma única camiseta, um único blusão que não tenha alguma coisa escrita em inglês na frente, nas costas ou nas mangas. Vi em Belém (PA) uma velha cabocla de 80 anos usando um colete onde se ia Massachusets Institute of Science and Technology. (...) Na realidade, as pessoas não compreendem o que está escrito nessas roupas,  e eu me pergunto se essas palavras não têm significação para elas ou se, mais simplesmente, constituem sinais com um só sentido -- a lingua inglesa, ser´que não é justamente por não saberem o que está escrito, que elas exibem estes sinais?(..) Existe aqui um processo bastante especial, que eu chamaria de "Sindrome do 'chegou'; Chegou ao Brasil a última moda de Paris. Chegou enfim, o último xerox. Chegou ao Brasil Texas Instruments. Chegou enfim ao Brasil a Heinekem International em lata, etc. É como se eles sempre temessem que a última moda, o que o último gadget que o mundo inteiro conhece, não chegassem ao Brasil. É como se o Brasil fosse um ser à parte, um continente à parte, sempre ameaçado de não fazer parte - e que tira sua maior fome do medo de não ser convidado para a mesa de todos os outros."
E o professor Jean Marisset conclui, afirmando: "Esse Brasil que não é nem exatamente o Terceiro Mundo, nem exatamente a América Latina, mas alguma coisa que eu chamei uma vez a América Brasileira. Pergunto a mim mesmo o que acontecerá quando o Brasil decidir aplicar a si próprio a "Sindrome do chegou". Chegou o Brasil ao Brasil mesmo."


Fontes: Google; Jornal O Globo, edição de 28 de janeiro; revista "Eu & Fim de Semana", jornal Valor, edição de 17 de janeiro; livro "O Brasil tem Estilo?" de minha autoria, editora Senac, 2000.



HELVÉCIO CARLOS

'Top' e 'coach' se mantêm na lista de palavras mais chatas do ano



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https://www.washingtonpost.com/world/national-security/7-year-old-migrant-girl-taken-into-border-patrol-custody-dies-of-dehydration-exhaustion/2018/12/13/8909e356-ff03-11e8-862a-b6a6f3ce8199_story.html?fbclid=IwAR3ZD7J-ZpsXiMqDYkk-G8EGrupMGyRWYCJfsNTE0KRXqHHE_sh8NpPamCs

Camisa Baby Look - Como dizer em inglês? - Pocket English



17 de set. de 2019 - Sei que parece inglês, mas não é. O termo baby look é 100% brasileiro.Para quem não sabe, uma roupa baby look normalmente é uma ...
https://www.nytimes.com/2019/06/16/us/baby-constantine-romania-migrants.html?fbclid=IwAR0KDkq0DasgCE_fIknPwpZKfHlxhQypV0INBLe8-JLoGpfN9MBQxg2XGfg


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domingo, 17 de novembro de 2019

A INCRÍVEL VIVIENNE WESTWOOD



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  Vivienne Westwood --sempre tive profunda admiração por ela, sem nunca a ter visto, pessoalmente -- é uma estilista que coloca política, história, direitos humanos em suas criações. 
Defende a ecologia, é eco-politica e defende a liberdade Julian Assange, o fundador do Wikileaks, que se encontra preso na Inglaterra e correndo o risco de morrer na cadeia. 
Vivienne Westwood, é a Coco Chanel, é a Frida Kahlo, é ZuzuAngel do século XXI. Resultado de imagem para vivienne westwood,suas criações - imagens


Eu estou morrendo

"Eu estou morrendo. Devagar, mas sem parar. Estou exausto e perdi muito peso. O confinamento na solitária em Belmarsh me mata.
Há apenas contato esparso com o mundo externo. Tudo porque eu tornei públicos crimes de guerra. Para abrir os olhos da sociedade e mostrar o que governos estão escondendo.
Estou morrendo. E temo que comigo, também a liberdade de imprensa e a democracia".
(Julian Assange).



O crime de Julian Assange foi divulgar informações verdadeiras sobre ações ilegais cometidas pelos Estados Unidos. Está definhando em completo isolamento na prisão.Se tivesse divulgado informações sobre ações da Rússia ou da China estaria exposto todos os dias nos jornais como um mártir da liberdade de expressão." Do Cesar Benjamin

(...) Por su parte, el padre de Assange, John Shipton, contó al sitio de información World Socialist Web Site (WSWS) que su hijo “podría morir” en prisión, como resultado de las terribles condiciones bajo las cuales está detenido.Shipton indicó que teme por la vida de Assange, y por ello llamó a las autoridades a apiadarse de su hijo.También expresaron mucha preocupación por la salud del australiano varios de sus amigos y allegados, entre ellos su hermano Gabriel Shipton, el periodista y cineasta John Pilger, la diseñadora de moda Vivienne Westwood, la actriz Pamela Anderson y el relator especial de la ONU sobre tortura, Nils Melzer, todos los cuales lo han visitado en prisión. (...)"


https://www.proceso.com.mx/602544/julian-assange-una-vida-que-se-apaga-lentamente?fbclid=IwAR2OiQ9-w25nENrV4by5k-Jp01rv95DxEwf1yyhJTPxolwKfzOJzvrpPZr0

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

TESTEMUNHO DAS IMORTAIS: ZUZU ANGEL, CHANEL E FRIDA KAHLO

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FRASES DE ZUZU ANGEL:

"Não existem regras de elegância e nem de coisa nenhuma."

"Libertei-me da inquietação de não saber quem sou e de saber até onde posso chegar. Agora conheço melhor as pessoas e reconheço também a minha força."

"Desde criança eu inventava, costurava uma tira de pano nas minhas sandálias e nas de minhas amigas,botava lantejoulas nos vestidos, improvisava chapéus e ia me divertindo."

"Enquanto costureiros brasileiros se limitarem a fazer fofocas e a brigar uns com os outros, prejudicando a união de classe e o seu fortalecimento, continuará a infiltração de etiquetas estrangeiras no mercado brasileiro."

"Nada de botões e fivelas para atrapalhar na hora de sair. Minha roupa é tão rica como criação,como pesquisa,como trabalho visual. Mas é simples. Destina-se à mulher que trabalha e batalha no dia-a-dia."

"Começo a me sentir uma costureira intelectual. A transar com artistas, autores, jornalistas, tudo aquilo que chamam de intelectual. Às voltas com papéis, lendo nas entrelinhas dos jornais para ver se entendo esse pesadelo que é morrer em um país em que nada se informa,nada se sabe, nada pode ser permitido."

"Ser livre, entre outras coisas, é quebrar todas as regras de vestir convencional e permitir à mulher mostrar em toda a sua plenitude o quanto pode ser sexy e atraente."

"Minha preocupação é vestir as mulheres sem tirar delas a liberdade , a graça, as curvas. Não gosto de forçar a barra da anatomia."

Frase retirada do livro "Vista-se como você é" pág 85 (o livro se encontra no Amazon): "Que mais mulheres, empresárias da área de moda e consumidoras tenham, com seus próprios corpos, o respeito e a intimidade que Zuzu tinha pelo seu, e consequentemente, pelo de suas clientes."

FRASES DE CHANEL:

"Eu sou a minha primeira e única modelo."

"A elegância não depende só da roupa; mas da mulher que a usa, da sua postura e do seu jeito de andar. Mas isso se aprende. Não se esqueçam que sou filha de um camponês."

"Se uma moda não chega às ruas, não é uma moda."

"Roupas velhas são como velhos amigos: nós os conservamos. Eu as conserto, acrescento um toque de azul ou vermelho. Gosto de roupas como gosto de livros, para pegar, mexar nelas."

"A elegância não está em vestir uma roupa nova. Uma pessoa é elegante porque é. O vestido novo não tem nada a ver com isto."

"Elegância não é viver trocando de roupa."

Ao criar e popularizar a bijuteria, na época conhecida como a falsa jóia, Chanel afirmou: "O que conta não são os quilates e sim o efeito."

Ao ser pedida em casamento pelo Duque de Westminster, da coroa inglesa, Chanel respondeu-lhe com uma frase que ficou célebre: "Duquesas há muitas; Chanel só uma."

FRASES DE FRIDA KAHLO

" O que não me mata, me alimenta."

"A vida insiste em ser minha amiga, e meu objetivo meu inimigo."

"Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, apenas minha própria realidade."

  "Nada é absoluto. Tudo muda, tudo se move, tudo gira, tudo voa e desaparece."

"A beleza e a feiura são uma miragem,pois os outros sempre acabam vendo o nosso interior."

"Tentei afogar minhas mágoas, mas as malditas aprenderam a nadar, e agora estou  sobrecarregada com essa decente e boa sensação."

"Eu costumava pensar que era a pessoa mais estranha do mundo, mas então pensei, há muita gente no mundo, tem que existir alguém como eu, que se sinta bizarra e danificada da mesma forma que eu me sinto. Consigo imaginá-la, e imagino que ela também deve estar por aí, pensando em mim. Bom, espero que se você estiver por aí e ler isso, saiba que, sim, é verdade, eu estou aqui e sou tão estranha quanto você."

"Pés para que eu os quero se tenho asas para voar?"
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terça-feira, 10 de setembro de 2019

BLACK IS LATE

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" 1837 - Primeira lei de educação: negros não podem ir à escola.

   1850 - Lei das Terras: negro não podem ser proprietários.

    1871 - Lei do Ventre Livre - considerava livre todos os filhos de  mulheres escravas nascidos a partir daquela data. As crianças trabalhavam porque eram proibidas de frequentar escolas e áreas públicas.

    1885 -Lei do Sexagenário - considerava livre quem alcançasse 60 anos. Nenhum negro alcançava essa idade.

   1888 - Abolição - depois de 388 anos de escravidão.

    1890 - Lei dos Vadios e capoeiras - os que perambulavam pela ruas, sem trabalho ou residência comprovada, iriam para a cadeia. Eram mesmo 'livres'? Dá para imaginar qual era a cor da população carcerária daquela época? Você sabe a cor predominante nos presídios hoje?

  1968 - Lei do Boi - Primeira lei de cotas! Não, não foi para negros;  foi para filhos de donos de terra que conseguiram vaga nas escolas técnicas e nas universidades (volte e releia sobre a lei de 1850!!)
   
  1988 - Nasce nossa atual Constituição. Foram necessários 488 anos para ter uma Constituição que dissesse que racismo é crime! Na maioria das ocorrências se minimiza o racismo enquanto injúria racial e nada acontece.

   2001 - Conferência de Durban, o Estado reconhece que terá que fazer políticas de reparação e ações afirmativas. Mas não foi porque acordaram bonzinhos. Não foi sem luta. Foram décadas de lutas para que houvesse esse reconhecimento. E olha que até hoje tem gente que ignora.

  2003 - Lei 10639 - estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e  Cultura Afro Brasileira. Que convenhamos não é cumprida.

2009 -  Primeira Política de Saúde da População Negra, que prossegue sendo negligenciada e violentada (Quem são as maiores vítimas da violência obstétrica? É isso mesmo o que você está pensando, as Mulheres Negras) no sistema de saúde.

 2010  - Lei 12288 - Estatuto da Igualdade Racial. Em um país que se nega a reconhecer a existência do racismo.

   2012 - Lei 12711 - Cotas nas universidades. A revolta da casa grande sob um falso pretexto meritocrata.

    Nossa sociedade é racista e ainda escravocrata."

      Via @LeandroRibeiro. Fonte: Quebrando o tabu. Fonte Forum Feminista.
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https://www.cartacapital.com.br/sociedade/assassinatos-de-jovens-negros-no-brasil-aumentam-429-em-20-anos/?fbclid=IwAR35ZzgFEgA1CtIAAxMQKb7cSN5h7ggZv3lzWaCR3FxKEojZQw8mwvXuDdg


https://www.bahianoticias.com.br/justica/noticia/61182-associacao-da-advocacia-negra-e-lancada-para-combater-racismo-estrutural-no-direito.html

https://www.facebook.com/MonicaRabelo.Rio/photos/a.2132310727050554/2475596416055315/?type=3&eid=ARBhmxpw72oCA7aAPBZl-5ryGFPtvsiRa2a0zuDpB2I8quHmyuodlas97M092UxAt74jSzEv2iiam2-J&__xts__%5B0%5D=68.ARBA6jI2TgKYNTWFJi9-_NN4bd5vry3olEL6pmTdZDSzT_ZX7NigsJD6gmu5iYMwjeOs9MNTVJG7th4wBi0ed9UtJkuCyiiRCZRX9oBtXYnAKcs29yJWX-AhrOLtG4nUidcrXDpuuFQZxL9H5Pi9LNtyQhJiaXz-txVly6CvqyAQTSx0OhvRyyKdijQOySiyx7tRcoKHWvFAAOYNzOPzCtcPQBX-E4QCqU8IRZKQrvkdhIkRiZPpiy8jNGZejJqujKbfPcF56sgsrWApINrD8UARjEpjARlXNIS3oB4KAPvxDxhqllKR-RQRK7789uhbRwvJMnOf9wDULx07czDpx39eOomZ_mqjJagbESmVVyVwXjRXrjt-G7SZkcg&__tn__=EEHH-R

Trajetória de Strange Fruit, a poética canção que, na voz expressiva de Billie Holiday, tornou-se ícone do protesto contra o racismo nos Estados Unidos e ajudou a deflagrar a incipiente luta pelos direitos civis. Google Books

https://youtu.be/nDgETnjjyeQ

"O tema de uma festa promovida para médicos pela Unimed de São José do Rio Preto (SP), na noite dessa sexta-feira (6), ganhou grande repercussão nas redes sociais neste domingo (8).
A operadora de planos de saúde montou uma favela cenográfica, na qual um homem negro servia churrasquinho numa espécie de laje.
Convidados gravaram vídeos do evento e o caso ganhou destaque após uma publicação da deputada federal Sâmia Bonfim (PSol-SP) em sua página no Facebook.
” ABSURDO!
Foi com grande revolta que tomamos conhecimento que na noite desta sexta-feira (6), em São José do Rio Preto, interior de SP, a empresa Unimed promoveu uma luxuosa festa com temática de deboche à vida nas favelas e nas periferias”, disse a deputada na publicação. (...)" facebook, 10 de setembro de 2019

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

AS APARÊNCIAS ENGANAM

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     No Brasil se julga o  (a) consumidor (a) pela aparência. Só que as aparências enganam.  
     Reportagem publicada no jornal O Globo (edição de 27 de julho) afirma que a discriminação atinge  55% dos consumidores. "Pesquisa Procon-SP indica que casos estão ligados a aparência, etnia (ou raça) e gênero(...). A aposentada Neide da Silva, 76 anos, foi ignorada pelos atendentes de uma loja de roupas de festa, no Recife, apesar de nenhum deles estar ocupado quando entrou no estabelecimento. Ela acredita que isso aconteceu porque vestia roupas simples e calçava chinelos. (...) Segundo pesquisa, negros e mulheres estão entre os principais alvos de preconceito, ainda que a maioria (60,8%) tenha declarado ter sofrido discriminação pela condição financeira. (...) 
     O Brasil é de fato um país racista, misógino e separatista por renda" , afirma o sociólogo do consumo Fábio Mariano Borges, da ESPM.


     Numa reportagem publicada no jornal Folha de São Paulo no dia 1 de dezembro de 2007, o publicitário Marcelo Chita afirma que "muitos vendedores têm vergonha de sua profissão e numa aula-treinamento de vendedores, Marcelo Chita pede para que os vendedores-alunos gritem: "eu tenho orgulho da minha profissão". Marcelo, durante a aula-treinamento, afirmou para os vendedores : "vocês ganham a vida ajudando as pessoas a serem felizes (...)" Será? os fatos afirmam o oposto. 

UM CRIMINOSO HONESTO

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     Publicado hoje no jornal O Globo (edição de 02 de agosto de 2019) - Foi preso em flagrante, João de Sá Marques. Seu crime: comprar ternos por R$ 100,00 ou R$ 200,00 reais na Vinte e Cinco de Março, centro de mercado popular de São Paulo ; colocava nos ternos etiquetas Hugo Boss, Armani ou Ermenegildo Zegna e os vendia, então, por R$ 2 mil ou R$ 3 mil reais . 
     Os ternos de "grifes estrangeiras" cujos modelos originais podem custar de R$ 15 a R$ 20 mil reais, eram vendidos pelo senhor João para deputados estaduais do Rio de Janeiro, autoridades em geral. 
Segundo a reportagem do jornal O Globo, uma das "vitimas" do senhor João, foi o Fábio Picanço,  diretor jurídico  da Procon-RJ, entidade de defesa do consumidor.
     Em busca de trajes com status, as tais autoridades  viam a etiqueta , faziam as contas, acreditavam, por se considerarem espertos,  que estavam tendo vantagem e nem raciocinavam como era possível um terno que custa R$ 15 a R$ 20 mil ser vendido por R$ 1 mil a R$ 2 mil reais.
     Para os compradores, o que valia era a etiqueta, estrangeira. Todos são vira-latas, como bem afirma o imortal Nelson Rodrigues.
     Ponto para o senhor João; ponto para o comercio popular da Rua  25 de Março, capaz de produzir um bom terno, comparável às grifes mais sofisticadas da moda masculina mundial. 
Pena que os brasileiros insistem em não vestir o que aqui é produzido e continuam a dar mais valor a uma etiqueta famosa do que a uma boa modelagem, um bom caimento. E também por acharem que tudo que é barato, é vagabundo. 
     Pergunta que não quer calar: se o senhor João tentasse revender ternos da 25 de Março para autoridades, para o poder legislativo do Rio de Janeiro, ele , senhor João, teria êxito?












"A rua 25 de Março (Rua Vinte e Cinco de Março) é uma via pública localizada na região central da cidade de São PauloSP considerada como o maior centro comercial da América Latina,[2] pois consiste em um dos mais movimentados centros de compras varejistas e atacadistas da cidade. Sua origem está ligada a importantes processos de colonização e urbanização da capital paulistana, sendo uma importante região para a história da cidade devido às suas atividades comerciais e sociais.[3]A história da rua também é marcada pela forte presença de imigrantes, especialmente sírioslibaneses e chineses. O nome atual da via pública foi um feito do deputado Malaquias Rogério no ano de 1865 e caracteriza-se como uma homenagem à primeira constituição brasileira assinada no dia 25 de março de 1824.[3] A rua 25 de Março tem forte influência nas atividades econômicas da cidade de São Paulo nos dias atuais, movimentando bilhões de reais por ano nos mais de 4800 estabelecimentos da região.[4][5][6]Mesmo com os fenômenos contemporâneos de esvaziamento dos centros tradicionais e espalhamento dás áreas dedicadas ao comercio, a rua 25 de Março passou por mudanças e adaptações e mantém sua importância social, cultural e econômica para a cidade de São Paulo e para o Brasil.[7] "   
Texto acima via Google.